quarta-feira, 30 de julho de 2008

Truques do Chef Hugo Brito, que me surpreendeu numa noite de cozinhados com esta receita plena de simplicidade. Juntei-lhe alguns temperos, porque esta preparação presta-se a isso mesmo – podemos adaptar os temperos ao prato que a batata irá acompanhar. Neste caso, uma suculenta e aromática perna de borrego assada no forno, perfumada com especiarias.

Ingredientes:

700 grs. de batata
1 gema de ovo
1 ramo de salsa, picada
Noz moscada q.b.
Pimenta q.b.
Piri-piri (opcional) q.b.
Sal q.b.
50 grs. Margarina para a fritura


Preparação:

Descasque as batatas e com um mandolino corte-as em fiapos. Tempere com os restantes ingredientes, misturando tudo. Derreta metade da margarina numa frigideira larga (24 ou 26 cm de diâmetro) e deite as batatas, até formar uma camada de 2 a 3 dedos de altura. Deixe ficar em lume brando por 15 a 20 minutos. Vire a bolacha com o auxílio de um prato, leve a restante margarina a derreter e reponha a bolacha na frigideira, para que fique bem dourada de ambos os lados e cozinhada até ao centro.


Sirva inteira, num grande prato redondo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Apesar de ter a receita num velho livro de cozinha alentejana, nunca me atrevi a fazer cabeça de xara em casa – muito trabalhoso, de certeza – e agora que encontrei cabeça de xara à venda num supermercado nunca devo chegar a experimentar.

Fiz esta receita simples, para um dia quente de verão. Andava há muito tempo a pensar em fazer uma gelatina de vinho do Porto com agar-agar e pensei que o vinho num prato de entradas fazia a figura de “Porto de boas vindas”. Juntei a tira de ananás à carne do porco para dar frescura e ficou o conjunto composto. Depois, não achei que o contraste do Porto com a cabeça de xara realçasse os sabores de ambos, mas digo-vos que ficou óptimo a acompanhar o borrego assado no forno.

De qualquer forma, causa um enorme impacto visual.


Ingredientes:

Para o cone de gelatina de vinho do Porto:

200 ml de vinho do Porto
1 pau de canela
1 semente de cardamomo esmagada (opcional)
1 colher de café de flocos de agar-agar.


Para a cabeça de xara:

6 tiras de cabeça de xara
6 tiras finas de ananás
6 fatias finas de pão alentejano (ou de centeio)
Azeite q.b.


Preparação

Deixe o agar-agar numa chávena com pouca água por 10 minutos. Leve o porto ao lume com os restantes ingredientes para reforçar os sabores de canela e especiarias que o envelhecimento em cascos de carvalho transmitiu ao porto, e deixe levantar fervura. O agar-agar precisa de ferver no vinho por 3 a 4 minutos. Deixe arrefecer. Leve ao frigorífico por 1 hora em cálices cónicos.
Monte o prato como sugerido na foto, desenformando os cones com a ajuda de um palito.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Serve esta receita para me iniciar na arte de bem cozinhar a codorniz. Fiquei maravilhado com umas codornizes do restaurante Cop’3, desossadas e recheadas com a massa de alheiras de Mirandela, indo tudo ao forno. Tiro o chapéu ao Chef Nuno Mendes.

Comecei por temperar as codornizes e foi a meio do processo de as alourar que me lembrei dos berbigões, à espera na água. Podia dar uma codorniz à alentejana, como se faz para o prato de carne de porco, mas para não sujar mais loiça, fiz tudo no mesmo tacho, e assim nasceram as codornizes suadas em berbigão. Nome bonito, vamos ver se o prato não lhe fica atrás. É muito simples de preparar.

Ingredientes:

4 codornizes
4 dentes de alho
Sal grosso
1 dl de azeite
Vinho branco
1 colher de sopa de coentros picados
Sumo de 1 limão


Preparação:

Pise 2 dentes de alho com sal. Esfregue esta pasta nas codornizes, por dentro e por fora, e deixe a marinar com algum vinho branco por 2 horas.

Deite o azeite num tacho de fundo pesado juntamente com os outros 2 dentes de alho, em lâminas. Escorra as codornizes leve-as a alourar no azeite de todos os lados. Deite os berbigões, o sumo de limão, algum vinho branco e os coentros. Tape e deixe suar em lume brando por alguns minutos.

No Verão, sirva com uma salada fresca, como tomate, pepino e agrião. Tempere com algum do líquido do fundo do tacho.

sábado, 12 de julho de 2008

A sério que sonhei com esta receita. Estava já na fase da preguiça da alvorada de Sábado, quando, meio a dormir, meio acordado, achei que me apetecia uma omeleta. Fofinha e saborosa. Rapidamente, tudo se construiu na minha cabeça: bater as claras em castelo, as gemas com a noz-moscada e o manjerico do vaso do S. António, e levar ao calor, e aí instalaram-se as dúvidas. Com este calor não me apeteceu ligar o forno logo de manhã e assim seria em banho-maria, para não perturbar as claras batidas. Lá fui para a cozinha e pus tudo em andamento, mas o banho-maria demorava e a fome insinuou-se. Passei do banho-maria para uma chama pequena, onde a omeleta cresceu a olhos vistos, mas começou a fumegar discretamente. Maldita falta de paciência. Passei do pequeno tacho para o prato, decorei, fotografei, e provei. Ficou melhor do que esperava, se descontar o excesso de sabor tostado.


Ingredientes:

2 ovos
Manteiga
Folhas de manjerico
Noz-moscada
Sal


Preparação:

Separe claras e gemas. Raspe muito generosamente uma noz-moscada para cima das gemas, e junte bastantes folhas de manjerico e sal. Se usar manjericão, corte em juliana. Leve uma frigideira com meio litro de água a lume forte e coloque um tachinho com manteiga em banho-maria. Bata as claras em castelo e envolva as gemas. Rode o tachinho para garantir que a manteiga se espalha nas paredes e junte o preparado de claras e gemas. Deixe cozinhar por 15 a 20 minutos. Se ficar sem paciência, tire o tachinho e leve a lume brando, mas arrisca-se a ficar com o tostado da foto.

Sirva com mais folhas de manjerico.
 
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