Há duas novas etiquetas no blog - a partir de hoje é mais fácil identificar as receitas apropriadas a vegetarianos em sentido estrito (vegans) e as que se adequam a ovo-lacto vegetarianos.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Já tinha esta receita em lista de espera há algum tempo. Encontrei-a no livro "The Accidental Vegetarian", uma muito interessante colecção de receitas vegetarianas de Simon Rimmer. O próprio autor indica que se só pudermos fazer uma das receitas do livro, esta deverá ser a escolhida - e depois de a fazer percebe-se porquê. O recheio do strudel é óptimo, e conjugado com o molho (que só por si faria valer a pena o prato - é a junção perfeita do ácido da cebola, do picante do Porto, do encorpado do vinho, do sabor dos cogumelos...) dá um prato incrivelmente saboroso e decididamente capaz de convencer quem ainda acha que a comida vegetariana não tem piada...
Nota: Reduzindo as quantidades e o tamanho dos strudels, facilmente se pode usar esta receita como entrada.
Ingredientes (2 pessoas):
175g de cogumelos brancos fatiados
3 dentes de alho
100g de alho francês
125g de queijo ricotta
125g de queijo-creme (de preferência com algum teor de gordura, sem ser light)
2 tomates
12 rectângulos de massa filo com cerca de 23x15 cm
0,75dl de vinho tinto
1 folha de louro
1 cebola grande
vinho do Porto
100ml de caldo de legumes
manteiga
azeite
sal
pimenta preta
Preparação:
Prepare os ingredientes: corte os cogumelos em pedaços, esmague os dentes de alho, lave bem e corte em pedaços o alho-francês, pele e corte em cubos os tomates e corte a cebola em rodelas finas.
Comece pelo recheio dos strudels: salteie durante alguns minutos 100g de cogumelos num fio de azeite, com 1 dente de alho esmagado, sal e pimenta. Retire os cogumelos e coloque-os em papel absorvente para retirar o excesso de azeite e aproveite a mesma frigideira para saltear o alho-francês por mais alguns minutos. De seguida, misture bem os dois queijos num recipiente até obter uma mistura suave. Tempere com sal e pimenta, e junte os cogumelos, o alho-francês e os tomates. Leve ao frigorífico durante cerca de duas horas.
Após esse tempo, aqueça o forno a 200º. Coloque quatro folhas de massa filo numa superfície enfarinhada. Pincele-as com manteiga previamente derretida e coloque mais quatro folhas sobre as primeiras. Pincele também estas e sobreponha-lhes as últimas quatro folhas. Destas, pincele apenas os bordos. Coloque uma porção de recheio ao fundo de cada uma das folhas; dobre as folhas sobre o recheio, fechando o strudel; feche bem os lados, para o recheio não sair, e termine de enrolar, obtendo uma espécie de pastel. Pincele com manteiga. Coloque os quatro strudels num tabuleiro e leve ao forno por cerca de 25 minutos ou até estarem dourados.
Para fazer o molho, leve o vinho com a folha de louro a lume médio até reduzir para metade do volume. Reserve. Numa frigideira aqueça um fio de azeite e deite as cebolas, os restantes cogumelos e os restantes dentes de alho, temperando com sal e pimenta. Cozinhe até a cebola amolecer. Deite um golo grande de vinho do Porto e espere até que reduza para metade, juntando nessa altura o vinho tinto. Assim que começar a ferver deite o caldo de legumes. Espere que ferva novamente e deixe cozinhar em lume brando/médio durante cerca de um quarto de hora. No final, deite uma noz de manteiga e deixe derreter, misturando bem, para que fique brilhante.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Isto pode parecer estranho, mas nunca até hoje eu tinha tentado fazer uma mousse de chocolate. Para ser sincero, não é das minhas sobremesas preferidas. Gosto de uma boa mousse, mas raramente é a minha primeira escolha numa lista de sobremesas, a menos que esteja num daqueles dias em que me apetece mesmo aumentar o índice de cacau no sangue. Hoje era um desses dias. Para me estrear, resolvi aproveitar a dica que a Inês do oh-so-quiet (um blog recomendado!) me tinha dado em tempos, e segui a receita da Mousse de Chocolate à Americana da verdadeira bíblia que é o Livro de Pantagruel.
A receita não é complicada, mas exige muito tempo de batedeira na mão. Só posso garantir que vale a pena. É das mais cremosas e suaves mousses que já comi, e fica definitivamente na lista de sobremesas a repetir. A única alteração que fiz à receita original foi reduzir 20g de açúcar (por norma reduzo sempre o açúcar nas receitas de doces - e nesta não me parece que tenha feito grande falta).
Ingredientes:
100g de chocolate preto
80g de açúcar
200g de manteiga sem sal
4 ovos
1,5 colheres de sopa de leite
Preparação:
Parta o chocolate em pedaços pequenos, de preferência com uma faca de serrilha (uma faca de cortar pão é o ideal). Junte-lhes a colher e meia de leite e derreta em banho-maria. Junte num recipiente à manteiga (convém deixá-la amolecer previamente) e bata com uma batedeira eléctrica durante cerca de 7 a 8 minutos. Passado esse tempo, junte o açúcar e bata novamente por mais 7 a 8 minutos.
De seguida, parta um ovo, separe a gema da clara, e junte a gema ao preparado de chocolate. Bata com a batedeira durante cerca de 3 a 4 minutos. Repita com os restantes ovos, juntando as gemas uma a uma (e batendo sempre após juntar cada gema) e guardando as claras à parte.
Finalmente, bata as claras em castelo bem firme. Envolva cuidadosamente (sem mexer!) no preparado de chocolate. Deite no recipiente em que vai servir e leve ao frigorífico para esfriar.
Se preferir, decore com raspas de chocolate.
sábado, 18 de setembro de 2010
Quando precisarem de uma receita simples mas impressionante - e com sabores a Verão e a mar que já começam a deixar saudades -, esta é a opção ideal. Vi a receita na secção de receitas que a australiana Donna Hay publica na revista inglesa Living Etc., e a ideia de cozinhar o prato em saco de papel pareceu-me interessante. É uma bela ideia - as amêijoas e o camarão cozem no forno, devagar, sobre o esparguete, e libertam todo o aroma de mar sobre a massa, que fica extremamente aromática.
Ingredientes (2 pessoas):
200g de esparguete
cerca de 10 camarões descascados
400g de amêijoas
100ml de vinho branco seco
25g manteiga
2 dente de alho picados
2 limões
salsa
sal, pimenta
azeite
Preparação:
Lave bem as amêijoas, deixando-as em água salgada durante algum tempo, trocando a água algumas vezes para que larguem a areia.
Coza a pasta numa panela grande com água e sal abundante, até estar al dente. Escorra e reserve. Ligue o forno a 180º, e forre um recipiente de ir ao forno com papel vegetal (use bastante papel vegetal, visto que no final terá de o fechar para fazer o 'saco'). Deite a massa sobre o papel vegetal e cubra com os camarões e as amêijoas. Regue com o vinho branco, deite a manteiga cortada em pedaços pequenos, espalhe o alho picado por cima e tempere com sal e pimenta. Pegue nos cantos do papel e ate-os com fio de cozinha, fazendo assim uma espécie de saco.
Leve ao forno por cerca de 35 minutos (cuidado para que o papel não incendeie - se necessário corte um pouco das pontas). Retire, abra o saco, esprema o sumo de um limão e corte o outro em oitavos para servir junto com a massa. Pique a salsa, espalhe-a sobre a massa e sirva imediatamente.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Uma pequena nota, só para dizer que a partir de hoje, se encontrarem uma receita interessante aqui na Cozinha e a quiserem partilhar com amigos, passam a ter uma série de botões que o facilitam. Pela ordem que aparecem, há botões para enviar um post por e-mail, para partilhar num outro blog que tenham na plataforma Blogger, para enviar para o Twitter, para o Facebook, e para o Google Buzz.
domingo, 27 de junho de 2010
Queria eu aprender a fazer uma terrine de pato. Muitas páginas folheadas, em livros e na internet, não ajudaram. E em minha salvação veio o livro de Franck Pontais – Terrines & verrines – e fez-se um clarão de luz. É um livrinho maravilhoso, escrito por um Chef francês radicado em Londres que se especializou em terrines, e na sua variante mais criativa, verrines, assim chamadas por serem apresentadas em copos de vidro (do francês verre). Espero poder explorar bem o livro este Verão, e ultrapassar os dois obstáculos que encontrei até agora – ter uns copos de vidro adequados para as fotos, e saber fotografar verrines, porque os reflexos de luz deram mais trabalho do que eu esperava.
As verrines são uma óptima forma de apresentação da comida em ementas de degustação, como espero vir a ser capaz de mostrar aqui no blog.
Para 6 pessoas:
400 g de lombo de atum
150 g de manga madura
150 g de maçã granny smith
1 lima (sumo e raspa)
Cebolinho picado
12 fatias finas de manga seca
Azeite q.b.
Vinagre balsâmico q.b.
Sal e pimenta q.b.
Canela q.b.
Picar o atum, a manga e a maçã em cubos pequenos (cabeça de um dedo médio) e espalhar num tabuleiro pequeno. Raspar a lima sobre o peixe e a fruta, e temperar com o sumo da lima, um fio de azeite, 2 golpes de vinagre balsâmico, sal, pimenta e por fim canela com alguma generosidade. Misturar bem e levar ao frio por uns minutos.
Servir pequenas doses em copos baixos, decorando com as fatias de manga seca e com o cebolinho picado. Finalizar com mais algum toque de sumo de lima e pimenta.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
De tempos a tempos invento uma nova forma de comer arroz doce, procurando reforçar os sabores da canela e do limão. Desta vez, aumentei a cremosidade com muito mais leite, tanto que o arroz se tornou secundário. Juntei-lhe lemon curd e assim nasceu o doce de arroz doce. No dia seguinte ainda sabe melhor. Lamentavelmente, das duas vezes que fiz na semana passada, nunca durou 2 dias… o que é bom acaba depressa! J
Para 6 a 10 gulosos.
Arroz doce:
300 g de arroz
400 g de açúcar
2 litros de leite
6 cascas de limão
3 paus de canela.
3 colheres de sopa de custard
Água e sal q.b.
Lemon curd:
1 limão grande
1 ovo
75 g de açúcar
60 g de manteiga sem sal
1 colher de sopa rasa de farinha maizena
Preparação:
Numa panela grande coza o arroz em pouca água com as cascas de limão e uma pequena pitada de sal, deixando-o mal cozido. Junte a canela e litro e meio de leite deixando cozer em lume brando. Quando estiver grosso, dilua a farinha de custard (dá um tom amarelo e ajuda a espessar o creme) num pouco de leite e junte o restante meio litro de leite e todo o açúcar à panela. Fica a apurar alguns minutos, mas o resultado será ainda razoavelmente caldoso.
Para o lemon curd bata o ovo com o açúcar, a raspa e sumo do limão, a margarina Vaqueiro, e a colher de maizena. Leve a lume brando, evitando que ferva, por 6 a 8 minutos, deixando engrossar. Baixe o lume para o mínimo e deixe cozinhar por mais 1 a 2 minutos.
Disponha o arroz em travessas. Com um saco de pasteleiro espalhe um pontilhado de gotas grossas de lemon curd e polvilhe tudo com canela. Depois de arrefecer leve ao frigorífico.
domingo, 23 de maio de 2010
Uma receita simples, muito saborosa e leve - ideal para os dias quentes!
Ingredientes (2 pessoas):
2 peitos de frango
500g de tomates-cereja
125g de queijo halloumi
2 limas
manjericão
rúcula
hortelã
azeite
sal
pimenta
Preparação:
Esmague os tomates-cereja para um recipiente - não com demasiada força, apenas a necessária para que soltem o sumo e as grainhas, que ficarão no recipiente; à medida que o faz, vá deixando os tomates num recipiente de ir ao forno. Quando terminar, passe o sumo e as grainhas por um passador, por forma a ficar apenas com o sumo. Junte-lhe o sumo e a raspa de ambas as limas, algumas folhas de hortelã picadas grosseiramente, sal e pimenta. Deite sobre os peitos de frango e deixe-os a marinar durante algum tempo.
Entretanto, junte aos tomates o queijo halloumi desfeito em pedaços, regue com um fio de azeite, tempere com um pouco de pimenta (não é necessário sal - o halloumi já é salgado) e cubra com algumas folhas de manjericão picadas. Leve ao forno previamente aquecido a 180º durante 15 ou 20 minutos. Retire do forno, junte a rúcula e misture bem.
Depois da marinados, grelhe os peitos de frango até ficarem no ponto. Se necessário corrija temperos. Sirva acompanhados dos tomates-cereja com halloumi.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Esta é uma receita do chefe Guerrieri, que o Expresso publicou há dois anos. Guardei-a na altura, para experimentar na época das nêsperas. O ano passado ficou esquecida e, por sorte, dei com ela há dias, mesmo no tempo certo.
É um prato agradável, com o pato a combinar bem com o adocicado do molho e com a frescura do gengibre.
Ingredientes (2 pessoas):
2 peitos de pato com pele
8 a 10 nêsperas
1/2 limão
1 colher de chá de manteiga
1 colher de chá de gengibre fresco
1 copo de ginja
1 colher de sopa de mel
azeite
sal
pimenta
Preparação:
Prepare as nêsperas, descascando-as, tirando-lhes os caroços e cortando-as em cubos pequenos. Cubra-as com sumo do limão, misturando bem. Reserve.
Tempere o pato com sal e pimenta. De seguida, aqueça um fio de azeite numa frigideira, em lume médio, e deite-lhe os peitos de pato, com a pele para baixo. Deixe fritar até a pele ficar estaladiça; vire e frite do outro lado. Retire da frigideira, deixe arrefecer e corte em fatias finas (deverão estar mal passadas por dentro; se não gostar do pato mal passado - faz mal!! - deite as fatias na frigideira e cozinhe de ambos os lados até perder o tom rosado). Retire e reserve.
Escorra a gordura da frigideira e volte a colocar ao lume. Deite-lhe a manteiga, o gengibre picado, o mel e a ginja, e deixe cozinhar até o líquido reduzir para metade. Nessa altura junte as nêsperas e deixe ao lume até engrossar, formando um molho.
Emprate e sirva.
É um prato agradável, com o pato a combinar bem com o adocicado do molho e com a frescura do gengibre.
Ingredientes (2 pessoas):
2 peitos de pato com pele
8 a 10 nêsperas
1/2 limão
1 colher de chá de manteiga
1 colher de chá de gengibre fresco
1 copo de ginja
1 colher de sopa de mel
azeite
sal
pimenta
Preparação:
Prepare as nêsperas, descascando-as, tirando-lhes os caroços e cortando-as em cubos pequenos. Cubra-as com sumo do limão, misturando bem. Reserve.
Tempere o pato com sal e pimenta. De seguida, aqueça um fio de azeite numa frigideira, em lume médio, e deite-lhe os peitos de pato, com a pele para baixo. Deixe fritar até a pele ficar estaladiça; vire e frite do outro lado. Retire da frigideira, deixe arrefecer e corte em fatias finas (deverão estar mal passadas por dentro; se não gostar do pato mal passado - faz mal!! - deite as fatias na frigideira e cozinhe de ambos os lados até perder o tom rosado). Retire e reserve.
Escorra a gordura da frigideira e volte a colocar ao lume. Deite-lhe a manteiga, o gengibre picado, o mel e a ginja, e deixe cozinhar até o líquido reduzir para metade. Nessa altura junte as nêsperas e deixe ao lume até engrossar, formando um molho.
Emprate e sirva.
sábado, 17 de abril de 2010
Quando compro garoupa quero sempre aproveitar a cabeça para uma sopa. Lá me dedico a desmanchar a garoupa da cabeça à cauda e começo a sopa. A partir daí a sopa toma conta das minhas preocupações e os lombos de garoupa passam a ser algo secundário. Desta vez fui aos limites e meti os lombos na própria sopa. Inspirei-me num restaurante de cozinha de fusão asiática, que serve sopas com bifes grelhados lá dentro (surpreende mas é realmente bom).
Para 6 pessoas.
Ingredientes:
1 garoupa de 1,5kg
60 ml de azeite.
1,5 L de água
1 cebola média
200 g de feijão branco cozido (de lata)
300 g de courgete
400 g de tomate em lata
1 fatia de pimento vermelho
1 colher de chá de sal, mais pimenta para apurar
1 raminho pequeno de salsa
Preparação:
Leve ao lume um tacho alto com azeite e aloure ligeiramente a cebola. Junte o feijão, a courgete cortada sem pele e a lata de tomate bem como a água.
Levante os lombos de garoupa e deite a cabeça e espinha na sopa, cozinhando por 20 minutos. Remova o peixe e espinhas e junte a salsa. Triture de imediato.
Separe o peixe das suas espinhas e reintroduza os pedaços de peixe assim obtidos na sopa. Deixe ao lume a apurar. Deixe ao lume a apurar com a malagueta.
Tempere os lombos de garoupa com sumo de limão e sal e grelhe os lombos de garoupa. Sirva como se mostra na foto.
Bom apetite!
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Mais que uma receita, esta é uma bonita forma de apresentar os legumes de acompanhamento a um prato principal. Levar a abóbora recheada à mesa é um momento de surpresa pelo que convém escolher uma abóbora bonita. Como quase sempre acontece, primeiro comprei o ingrediente inusitado (a abóbora) e depois é que pensei numa receita. Juntei ideias de 2 livros diferentes e saiu esta ideia. Tive ainda o azar de ter uns mexilhões à mão que atirei para dentro da abóbora, mas isso correu mal – mania de aproveitar tudo o que está à mão…
Ingredientes:
1 abóbora hokaido (pouco maior que uma meloa)
1 cebola pequena picada (1 chalota)
8 a 10 folhas de endívia, cortadas
1 maçã granny smith cortada em cubinhos
1 cenoura em rodelas muito finas
Azeite q.b.
1 colher de sopa de mel
1 colher de café de canela
1 colher de café de cominhos em pó
Sal e pimenta q.b.
Preparação:
Corte a “tampa” à abóbora e remova todas as sementes. Numa pequena taça, misture azeite com o mel, a canela, os cominhos, sal e pimenta moída. Numa frigideira leve a alourar em pouco azeite a endívia, a cebola e a cenoura. Barre o interior da abóbora com um pouco da mistura de especiarias. Envolva os vegetais e os cubinhos de maçã com a mistura de especiarias e recheie a abóbora até não caber mais.
Leve ao forno por 20 minutos a 180 ºC.
Leve à mesa num prato, partindo então a abóbora, a pouco e pouco.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Este risotto extremamente aromático é uma excelente forma de trazer algo diferente aos sabores típicos do risotto italiano. A receita é inspirada na do livro 'The Accidental Vegetarian', de Simon Rimmer. E digo 'inspirada' por dois motivos: Rimmer usa folhas de lima Kaffir na tapenade, que eu não encontrei, e por isso resolvi duplicar o número de limas da receita (sumo e raspa); por outro lado, a técnica de risotto de Rimmer é diferente da que conheço e não me convenceu (natas no risotto?...), por isso fi-lo tal como costumo fazer os meus, e saiu no ponto certo.
Ingredientes (4 pessoas):
Para o risotto:
4 chalotas
1 dente de alho
3 talos de erva-príncipe
500g de arroz para risotto
100ml de vinho branco
2l de caldo de legumes
azeite
sal
pimenta
1 lima
Para a tapenade:
2 limas
100g de azeitonas verdes, descaroçadas
1 colher de sopa de alcaparras
alguns talos de coentros
1 dente de alho
azeite
Preparação:
Comece pela tapenade, até porque assim que começar a fazer o risotto não poderá pegar em mais nada... Raspe a casca das limas para o copo de um robot de cozinha e esprema o seu sumo para o mesmo copo. Junte as azeitonas, as alcaparras, o dente de alho e os talos de coentros picados. Pique até ficar grosseiramente misturado. Misture o azeite e volte a picar. Junte azeite até ficar com a consistência que preferir. Junte sal e pimenta, se achar necessário. Deite numa tigela e reserve.
Agora o risotto. Corte as chalotas e pique o dente de alho. Deite ambos numa panela alta, junte um fio de azeite e deixe cozinhar em lume brando, até amolecerem. Bata na erva-príncipe com as costas de uma faca, para que liberte o seu aroma, e junte à panela, misturando bem. Finalmente, deite o arroz, envolva bem no refogado e deixe cozinhar um pouco. Junte o vinho e mexa bem até que o arroz o absorva na totalidade.
Junte uma colher de caldo de legumes e mexa constantemente até o arroz absorver o caldo. Nessa altura, junte mais uma colher e repita. Continue assim durante alguns (vários...) minutos, até o arroz estar al dente. Rectifique os temperos, mexendo sempre, e finalmente deite a tapenade no arroz, mexendo bem.
Sirva com um pouco de raspa de lima por cima.
terça-feira, 30 de março de 2010
Uma receita escandinava. É uma interessante variação sobre o mais conhecido salmão fumado, e a minha melhor descrição para quem nunca provou é que o gravlax será uma espécie de “presunto de salmão”. Normalmente será apresentado como entrada, servido em saladas ou sobre pão e com algum molho fresco (de iogurte e endro por exemplo). É mesmo simples de preparar, e permite surpreender os amigos com um sabor invulgar.
Ingredientes:
1 ou 2 lombos de salmão, somando meio quilo
2 colheres de sopa de sal grosso
2 colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa bem cheia de endro picado (também conhecido por aneto)
1 colher de sopa de vodka (opcional)
½ colher de café de pimenta
Raspa de 1 limão
Fatias finas de limão para guarnecer
Preparação:
Misturar todos os ingredientes, excepto o peixe. Sobre película aderente espalhe umas colheres da mistura, algumas rodelas finas de limão e sobreponha o lombo de salmão, deitando-lhe por cima o restante preparado.
Embrulhe bem na película aderente e leve ao frigorífico por 48 horas, com um peso em cima. Vire todas as 12 horas, deitando fora o líquido que escorre.
Por fim, retire do frio e lave sobre água corrente, secando com um pano. Decore generosamente com endro e sirva em fatias finíssimas.
terça-feira, 23 de março de 2010
A receita é do chef Jamie Oliver (ou da sua avó, como ele diz no livro Cook With Jamie, provavelmente o meu preferido de entre os vários que ele já lançou). É um bolo muito interessante - a textura das amêndoas na massa é muito interessante e o sabor intenso do limão (na massa, na calda, na cobertura) "enche" todo o bolo e torna-o irresistível (bem, pelo menos para mim, que adoro limão em praticamente todo o tipo de doces).
Uma nota sobre as sementes de papoila, visto que tive alguma dificuldade em comprá-las: ainda não é fácil encontrá-las em super ou hipermercados, mas encontram-se bem nas lojas de produtos dietéticos. Em Lisboa consegui encontrá-las numa das lojas do Celeiro.
Ingredientes:
Para a massa:
115g de manteiga sem sal
115 de açúcar
4 ovos
180g de amêndoas trituradas
30g de sementes de papoila
2 limões
125g de farinha com fermento
Para a calda:
100g de açúcar
90ml de sumo de limão
Para a cobertura:
225g de açúcar em pó
1 limão
Preparação:
Comece por aquecer o forno a 180º. De seguida, alguma preparação: forre uma forma circular com papel vegetal untado com manteiga, tire a raspa dos limões e esprema-lhes o sumo. Reserve.
Coloque a manteiga (amoleça-a no micro-ondas, se necessário) numa tigela grande, juntamente com o açúcar e bata com a batedeira eléctrica até ficar cremoso. De seguida junte os ovos separadamente, batendo bem cada um deles com o resto da mistura. Deite as amêndoas trituradas, as sementes de papoila, a raspa e o sumo do limão e a farinha, misturando tudo muito bem até obter uma massa homogénea. Verta a massa para a forma que preparaou e leve ao forno durante cerca de 40 minutos (faça o teste do palito). Assim que estiver cozido, retire do forno, deixe arrefecer e desenforme.
De seguida, prepare a calda, aquecendo o sumo de limão com o açúcar num tachinho até que o açúcar dissolva. Faça vários buracos no topo do bolo com um palito e verta a calda por cima, para que esta entre na massa e a torne bem embebida.
Finalmente a cobertura - misture o açúcar em pó com a raspa e o sumo do limão. A ideia é ficar com uma consistência pastosa e não líquida, caso contrário a cobertura escorrerá por todo o bolo e não ficará em condições. Deite a cobertura sobre o bolo e espalhe com a ajuda de uma colher, deixando escorrer lentamente pelos bordos. Está pronto a servir!
domingo, 7 de março de 2010
Em três anos de blog, temos apenas uma receita de pizza - a pizza de ameixa reinha-cláudia e presunto, do Chef Janvier. Era boa altura para mais uma - e nem de propósito, hoje fiz a minha primeira pizza caseira. Eu sei, eu sei. Mas sim, foi a primeira vez - e não saiu nada mal, para primeira vez. E sendo assim, aqui vai, e recomendada - esta massa fica óptima! As quantidades para a cobertura são a olho, consoante o gosto.
Ingredientes:
600g de farinha tipo 55 (equivalente à tipo 00 italiana)
1 colher de sopa de sal
2 saquetas de 7g de fermento seco
1 colher de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de azeite
350ml de água morna
1 mozarella
cogumelos portobello frescos
polpa de tomate
bacon
orégãos
rúcula
3 dentes de alho
queijo parmesão
sal
pimenta
Preparação:
Misture a água com o açúcar, o fermento e o azeite e deixe repousar uns minutos. Misture a farinha e o sal na bancada, fazendo um monte e abrindo uma cavidade funda no meio. Deite a água na cavidade e vá misturando a farinha à água com a ajuda de um garfo, até a mistura começar a ligar. A partir daí trabalhe a massa com as mãos (deite farinha para evitar que a massa cole aos dedos) até estar suave e elástica. Coloque-a num recipiente enfarinhado, tape com um pano de cozinha húmido e deixe repousar durante cerca de uma hora até duplicar de tamanho. Retire a massa do recipiente, estique-a um pouco para retirar o ar e enrole numa bola. Esta quantidade dá para cerca de três a quatro pizzas - corte a massa em 3 ou 4 porções, enrole em película aderente as que não for usar e congele para usar mais tarde. Se não for cozinhar já a sua pizza, enrole também essa porção em película e guarde no frigorífico até à altura de a preparar.
Prepare a cobertura - limpe e corte os cogumelos em pedaços pequenos. Deite um fio de azeite numa frigideira e junte-lhe dois dentes de alho esmagados. Deixe cozinhar durante uns minutos em lume brando (sem queimar o alho!) e retire o alho. Junte os cogumelos e misture bem. Tempere com sal, pimenta e um pouco de orégãos. Cozinhe uns minutos e reserve.
Noutra frigideira, aqueça um fio de azeite e deite um dente de alho picado. Junte a polpa de tomate e uma pitada de açúcar. Polvilhe com orégãos e tempere com pimenta. Deixe aquecer um pouco e reserve também.
Finalmente, coloque a massa na bancada enfarinhada e comece a esticá-la com o rolo. A ideia é deixá-la bem fina - a massa cresce sempre com a cozedura. Quanto mais fina melhor! Forre um tabuleiro de forno com papel vegetal e coloque a massa por cima. Deite o molho de tomate no centro da base e espalhe bem. De seguida, parta a mozarella em pedaços e espalhe sobre o molho de tomate. De seguida, coloque fatias de presunto ao longo da pizza e termine com os cogumelos salteados. Polvilhe com um pouco de queijo parmesão ralado e orégãos. Leve ao forno a 200º e com o grill ligado. Deixe alguns minutos até estar pronto. Retire do forno e espalhe a rúcula por cima, bem como mais algum parmesão ralado, se desejar. Sirva imediatamente!
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Às vezes há receitas que se encontram na Internet a que é impossível resistir. O 'Bolo de chocolate para agradar multidões' que a Patrícia Scarpin publicou no Technicolor Kitchen foi um desses casos, pelo menos para mim. Experimentei-o e não me desiludi, é um belo bolo de chocolate! A Patrícia sugere acompanhá-lo de crème fraîche ou chantilly, mas eu acrescento uma sugestão: uma fatia de bolo acompanhada de uma bela colherada de iogurte grego natural e de alguns frutos vermelhos. É uma combinação perfeita!
Ingredientes:
125g de avelãs
80g de farinha de trigo
22g de cacau em pó
1 colher de chá de fermento em pó
280g de chocolate negro
200g de manteiga sem sal
1,5 colheres de sopa de café expresso
5 ovos
218g de açúcar
Preparação:
Prepare os ingredientes: triture finamente as avelãs, pique o chocolate em pedaços pequenos (na picadora ou usando uma faca grande de pão, que é óptima para cortar chocolate!), separe as gemas das claras dos ovos, e corte a manteiga em pedaços (se necessário, amoleça-a 5 ou 10 segundos no microondas).
Ligue o forno a 180º e prepare uma forma, untando-a com manteiga e forrando com papel vegetal (untando-o também).
De seguida, comece a preparar a massa: num recipiente junte as avelãs com a farinha, o cacau e o fermento. Misture bem e reserve. Noutro recipiente derreta o chocolate com a manteiga e o expresso (o ideal é em banho-maria, embora também o possa fazer no micro-ondas - neste caso tenha muito cuidado para não queimar o chocolate, caso contrário não terá forma de o recuperar!...). Assim que estiver derretido e misturado, deixe arrefecer uns minutos e junte as 5 gemas, mexendo bem.
Bata agora as claras até começarem a ficar firmes e continue a bater, juntando o açúcar a pouco e pouco. Obterá um merengue firme. Com uma espátula, vá envolvendo com cuidado o merengue na mistura de chocolate derretido. Por fim, junte a mistura de avelãs, farinha, cacau e fermento que tinha reservado. Misture bem, deite na forma e leve ao forno por cerca de 35 minutos. Use um palito para testar a massa, não deixando assar demasiado.
Retire do forno. Depois de arrefecer desenforme, polvilhe com cacau e está pronto a servir!
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Nunca tinha visto a revista Olive, publicada pela BBC, mas é uma boa revista de culinária, com algumas propostas interessantes. Nem de propósito, no dia em que a comprámos tínhamos duas postas de salmão para fazer e queríamos tentar algo diferente - esta receita veio a calhar. A marinada dá um sabor muito agradável ao salmão, e a salada de rúcula com feijão branco e limão é um achado!
Ingredientes:
2 postas de salmão (ou filetes)
1 colher de sopa de mel
1 colher de sopa de mostarda à antiga (com grão)
1 dente de alho
1 limão
1 lata de 400g de feijão branco
azeite
rúcula
sal
pimenta
Preparação:
Raspe o limão, reservando a raspa. De seguida esprema-o e guarde o sumo. Comece a preparar a marinada misturando o mel com a mostarda e juntando um fio de sumo de limão (só um pouco - guarde o restante para os feijões). Finalmente, tempere a marinada com sal e pimenta e envolva bem o salmão na mistura. Deixe repousar durante alguns minutos.
Entretanto, prepare a salada para acompanhar: retire os feijões da lata, passe-os por água, escorra-os bem e reserve. Deite um fio de azeite numa frigideira e junte o dente de alho previamente esmagado. Deixe aquecer em lume muito brando (cuidado para o alho não queimar!) durante 3 ou 4 minutos, até o aroma do alho se espalhar pelo azeite. Retire o alho da frigideira e deite-lhe os feijões, envolvendo-os bem no azeite. Junte a raspa do limão e o restante sumo. Cozinhe durante uns minutos, envolvendo bem os feijões. Tempere com sal e pimenta. Deite para uma saladeira, misturando com a rúcula, e reserve.
Finalmente, aqueça um grelhador e grelhe o salmão até ficar no ponto. Sirva acompanhado com a salada de rúcula e feijão.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Ao folhear o livro 'One Perfect Ingredient', de Marcus Wareing (já dele falámos aqui e aqui), esta receita chamou-me a atenção. Eu nunca fui grande fã de beringelas, mas as especiarias e os restantes ingredientes da receita prometiam. E tenho de admitir que fiquei surpreendido - é uma refeição simples de fazer, muito aromática e que vale por si.
Atenção apenas a um ponto - com estas quantidades de pimenta, a receita fica picante. Se isso não vos agradar, cortem na pimenta caiena.
Ingredientes:
2 colheres de chá de cominhos
1/2 colher de chá de canela moída
1/2 colher de chá de pimenta caiena
1/2 colher de chá de pimenta preta moída
azeite
2 beringelas
2 colheres de chá de tomate em puré
100ml de caldo de legumes
300g de iogurte grego natural não açucarado
sal
pimenta
coentros
Preparação:
Lave as beringelas e corte-as às rodelas. Espalhe-as num tabuleiro e polvilhe-as com sal grosso. Deixe-as repousar durante cerca de 30 minutos, para libertarem os sucos amargos que contêm. Passado esse tempo, lave-as bem e corte-as aos cubos.
Leve uma frigideira grande a lume brando e deite-lhe as especiarias (cominhos, canela e as duas pimentas). Aqueça-as por cerca de 2 ou 3 minutos até começarem a libertar aroma. Deite um fio de azeite e junte as beringelas. Tempere com um pouco de sal, mexa bem e deixe cozinhar em lume médio/alto até as beringelas ficarem douradas (cerca de 5 a 8 minutos).
Nesta altura, junte o tomate e o caldo de legumes e mexa para misturar bem. Tape a frigideira com uma tampa e deixe cozinhar até as beringelas estarem macias - demorará cerca de 10 minutos (vá mexendo de vez em quando). Prove e corrija os temperos, se necessário.
Finalmente, deite o iogurte grego sobre as beringelas e misture-o com o molho. Corte os coentros em pedaços, espalhe por cima e sirva imediatamente.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
O saco das castanhas congeladas andava ali pelo congelador a pedir ideias. Passaram-se meses. A cara-metade perguntava para que seriam as castanhas, e eu sem respostas. Até que a receita certa, italiana, do livro do Chef Gemelli, me deu a solução. Receita prática – não é preciso fazer uma base em massa – e simples de preparar, fica vistosa. O sabor é delicado, suavemente doce, que a castanha não é dada a grandes doçuras. Por não enjoar, cai-se na tentação de mais uma fatia.
Ingredientes:
400 g de castanhas cozidas
100 g de miolo de amêndoa
200 g de açúcar
100 g de manteiga sem sal
4 ovos inteiros
Raspa de 1 limão
Açúcar em pó para decorar
Preparação:
Coza as castanhas (compre congeladas sem pele) em água com um pouco de sal e erva doce. Reduza a puré, com um garfo ou batedeira. Triture o miolo de amêndoa para obter uma farinha grossa. Separe as claras das gemas. Bata as gemas com o açúcar, e adicione a manteiga derretida e a raspa do limão. De seguida junte as amêndoas e as castanhas em puré e envolva tudo nas claras, já batidas em castelo.
Unte uma forma de tarde com manteiga e farinha, e leve a massa a cozer ao forno a 180 ºC por uma meia hora. Decore generosamente com açúcar em pó.
A partir de ontem à noite, quem quiser seguir-nos no Facebook pode tornar-se fã da nossa página aqui.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Esta receita nasceu por puro acaso. A minha ideia era fazer a panna cotta de hortelã que já aqui coloquei, mas à última hora descobri que não tinha hortelã e, ao olhar à volta na cozinha em busca de ideias, acabei a olhar para o vaso do manjericão e a pensar 'porque não?...'. E ainda bem que o fiz. A infusão de manjericão dá um sabor inesperado, mas subtil e agradável à panna cotta, a comprovar mais uma vez a enorme versatilidade desta simples sobremesa italiana. Quanto aos morangos, são um bom complemento - manjericão e morangos é uma combinação que raramente resulta mal.
A receita é praticamente igual à versão de hortelã, mas resolvi colocá-la na mesma aqui no blog, porque a diferença de sabor que o manjericão traz vale por si só.
Ingredientes (4 pessoas):
500ml de natas (para chantilly)
75g de açúcar
3 folhas de gelatina
algumas folhas de manjericão
Para o molho de morangos:
100g de açúcar
50ml de água
alguns morangos (pode usar congelados, se não estiver na época certa)
Preparação:
Como disse, a preparação é praticamente igual à da panna cotta de hortelã: deite num tacho as natas, o açúcar e as folhas de manjericão cortadas grosseiramente e leve a lume brando, sem deixar ferver. Retire do lume, coloque a tampa no tacho e deixe em infusão durante perto de uma hora.
Passe através de um passador para outro recipiente, deitando fora o manjericão. Coloque a gelatina em molho numa tigela com água até amolecer. Retire-as, escorrendo bem, e junte às natas, dissolvendo-as completamente. Deite em formas individuais e leve ao frigorífico de um dia para o outro.
Na altura de servir, prepare o molho, levando a água e o açúcar ao lume num tachinho. Assim que levantar fervura, espere cerca de 5 minutos e junte os morangos, envolvendo-os bem na calda, que deverá ficar avermelhada. Deite por cima da panna cotta e sirva.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A receita foi retirada de um livro de que já cá falámos, mas que vale sempre a pena referir de novo - "A Cozinha Italiana de Augusto Gemelli", do chef Gemelli; fi-la há pouco, para o jantar de hoje, e foi muito bem recebida. É um prato interessante, saboroso, com os pinhões a dar uma textura inesperada à vitela. O puré resulta muito bem - e a ideia do louro é pouco comum, pelo menos nas versões que conheço do puré de maçã. Vale a pena experimentar!
Ingredientes (2 pessoas):
300g de lombo de vitela
100g de pinhões
2 maçãs reinetas
vinho branco
farinha
louro
azeite
sal
pimenta
Preparação:
Prepare primeiro o puré, dando alguns golpes nas maçãs e introduzindo nos mesmos algumas folhas de louro. Coloque num recipiente de ir ao forno, regue com um pouco de vinho branco, tape com folha de alumínio e leve ao forno a 200º até a maçã estar cozida. Retire do forno, separe a casca, os caroços e o louro, ficando apenas com a polpa das maçãs. Triture bem com a varinha mágica e tempere com sal e pimenta. Reserve.
Corte o lombo em fatias com cerca de 1cm de espessura e tempere-as com sal e pimenta. Faça um polme juntando farinha (2 ou 3 colheres de sopa) com um pouco de água - se estiver demasiado líquido junte mais farinha, se estiver demasiado empapado deite mais água. Entretanto triture os pinhões grosseiramente (num almofariz, por exemplo) e espalhe-os num prato. Leve uma frigideira com azeite ao lume, deixe o azeite ficar quente e reduza para lume médio. Passe as fatias de lombo pela polme, depois pelos pinhões e frite no azeite até os pinhões estarem tostados. Retire e absorva o excesso de gordura em papel absorvente.
Sirva de imediato, acompanhado pelo puré (aqueça-o antes de servir ou, em alternativa, sirva-o frio).
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Faz hoje precisamente três anos que abrimos a cozinha com cogumelos recheados.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Era para ter conhecido o restaurante “Taberna 2780” mas o nosso grupo era de 10 pessoas e a mesa maior que estava disponível era de 8 pessoas. Enfim, perdeu-se a oportunidade mas fiquei com o nome na cabeça e com a vontade de lá ir – um restaurante que assume que faz cozinha experimental desperta-me logo a curiosidade. Ainda não fui lá mas dei com o respectivo livro “Taberna 2780” à venda – e que livro! – donde saiu esta receita. Aldrabei um pouco as quantidades mas se quiserem a receita original têm de comprar o livro, e olhem que vale a pena.
Ingredientes:
2 marmelos grandes
75 g de açúcar
100 ml de água
1 cálice de moscatel
1 pau de canela
1 estrela de anis (não é fácil de encontrar, eu sei...)
Casca de meia laranja
1 morcela de assar
Preparação:
Num tacho médio fazer uma calda com o açúcar, a água, o moscatel, o pau de canela, a estrela de anis e a casca de laranja. Com o açúcar já dissolvido juntar os marmelos aos cubos e deixar cozinhar em lume brando por 20 minutos. Não deixe que os marmelos se desfaçam! Ao mesmo tempo, leve a morcela ao forno a 160 ºC por uns 15 minutos. Retire e corte em fatias, servindo a morcela envolta nos marmelos e na calda.
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Mais um peixinho! A garoupa anda mais barata e uns lombinhos de garoupa a lascarem até me fazem água na boca. Andava com esta ideia das migas desde que tinha visto uma receita num livro e juntei-lhe os cogumelos aquecidos para ter os sucos a escorrerem para as migas – delicioso. Várias pessoas me dizem que as migas são pesadas – fiz esta versão mais leve, soltas e saborosas. Até os vizinhos, com quem repartimos esta refeição, aprovaram o prato.
Ingredientes para 4 pessoas:
1 garoupa pequena (800g de lombos)
300 g de pão alentejano
½ pimentão vermelho pequeno
1 cebola média
Caldo de peixe (ou água...) q.b
Vinho branco q.b.
4 cogumelos portobello médios
Azeite
Sal e pimenta
Preparação:
Leve o peixe temperado em sal a corar em azeite numa frigideira. Se os lombos forem grandes, leve ao forno por uns minutos para terminar a cozedura.
Pique o pimentão e a cebola finamente e leve ao lume num wok com azeite abundante até amolecer bem. Triture o pão e junte à frigideira deixando-o aquecer bem, quase tostar no azeite. Adicione 1 concha de caldo de peixe (coza a cabeça do peixe em água com alho francês, cebola, cenoura, sal e pimenta ou use caldo knorr) e outra de vinho branco. Deixe as migas húmidas mas sem ficarem ensopadas - ainda têm de receber os sucos dos cogumelos.
Tempere os cogumelos com sal, pimenta e azeite e leve ao micro-ondas por 3 minutos ou a saltear numa frigideira em pouco azeite, já fatiados.
Sirva as migas, com os cogumelos por cima e respectivo líquido, e terminando com o peixe. Atenção aos tempos de preparação para que sirva tudo quentinho e saboroso.
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